Os leitores de Ken Follett estão por todo o mundo e no fim do ano passado o escritor comemorou mais de 150 milhões de livros vendidos. Em Portugal, o número é elevado: mais de 230 mil exemplares! Nada que o impeça de avançar em novos projetos, como o que tem em mãos, que passa por Sevilha, de onde chegara nas vésperas desta entrevista: "Eu gosto de fazer a investigação inicial e por isso fui até à cidade espanhola tirar fotografias, visitar museus, o Palácio Real e a Catedral. Só depois é que avanço na escrita da primeira versão do capítulo"..Uma entrevista com um dos autores mais lidos em Portugal..Vejo-o sempre a sorrir nas fotografias. É um escritor feliz, portanto?.Sim, sou um escritor tão feliz que há uns anos o meu agente aconselhou-me a revelar menos esse lado..Tem 16 colaboradores. Quando optou passar de autor a empresa?.Eu ainda escrevo da mesma maneira apesar de ter um escritório com muita gente. Eles tratam da parte do negócio: fazem contratos, asseguram que pago impostos... Não me ajudam a escrever livros, nesse âmbito o processo de escrita é praticamente igual ao que era antes..Tem investigadores ou fá-lo por si?.Gosto de fazer a investigação inicial, só depois tenho pessoas para fazer a certificação histórica. Ou seja, escrevo e mostro a um especialista em História para procurar erros..Não se importa que o seu trabalho seja "inspecionado" por outros?.Pelo contrário, gosto que a parte histórica seja sempre confirmada. Não quero que se encontrem erros..Nunca se sente, então, mais historiador que escritor?.Não me posso sentir como um historiador, mesmo que faça muito do seu trabalho. Pesquiso em muitos livros de História a informação em que se baseiam os meus romances, de modo a dar ao leitor uma sensação de como é pesquisar tanto a Idade Média como a Grande Guerra. Um romance dá uma perspetiva da História enquanto o historiador dá os factos..Leia mais pormenores na edição impressa ou no e-paper do DN